Modalidades tarifárias: conheça os tipos de consumidores de energia
Você saberia dizer em qual modalidade tarifária sua empresa se enquadra? Essas classificações variam conforme o perfil de consumo e o nível de tensão, influenciando diretamente no valor pago mensalmente na conta de luz.
Conforme o nível de tensão da energia utilizada, os consumidores são divididos em dois grupos: Grupo A e Grupo B. Compreender essa categorização é importante para empresas e indústrias que buscam otimizar custos e melhorar a eficiência energética.
Quer saber mais sobre este assunto? Então, continue com a leitura que explicaremos tudo para você!
O que são modalidades tarifárias?
As modalidades tarifárias são formas de calcular o valor que um consumidor paga pela energia utilizada. Elas são determinadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e variam segundo o tipo de consumidor, seu nível de tensão e o volume de energia consumida.
Seu objetivo é estabelecer uma cobrança mais justa e adequada ao perfil de consumo de cada cliente, bem como incentivar o uso consciente da energia elétrica. Dessa forma, entender qual modalidade se aplica ao seu perfil de consumo é uma forma de reduzir custos.
Algumas modalidades tarifárias, por exemplo, permitem a escolha de horários mais econômicos para o consumo de energia, o que pode fazer toda a diferença no final do mês.
Quais são os tipos de consumidores de energia?
Os consumidores de energia elétrica no Brasil são classificados em dois grandes grupos: Grupo A (alta e média tensão) e o Grupo B (baixa tensão). A seguir, explicaremos em detalhes como funciona esta classificação:
Grupo A
O Grupo A é composto por consumidores que recebem energia em alta tensão, geralmente acima de 2,3 kV (quilovolt). A tarifa para esta classificação é chamada de Tarifa Binômia, pois considera dois fatores para o cálculo do valor final: a demanda contratada e o consumo de energia.
Fazem parte desta categoria indústrias, grandes comércios, empreendimentos de larga escala, hospitais, entre outras instalações.
Dentro do Grupo A, existem subcategorias que diferenciam os consumidores conforme a voltagem recebida. Essas divisões são importantes para definir as tarifas aplicáveis e a estrutura de cobrança de energia, garantindo que o valor pago seja adequado ao perfil de consumo.
- Subgrupo A1: voltagem igual ou superior a 230 kV;
- Subgrupo A2: voltagem entre 88 kV e 138 kV;
- Subgrupo A3: voltagem de 69 kV;
- Subgrupo A3a: voltagem entre 30 kV e 44 kV;
- Subgrupo A4: voltagem entre 2,3 kV e 25 kV;
- Subgrupo AS: voltagem inferior a 2,3 kV, proveniente de um sistema de distribuição subterrâneo.
Ainda, dentro do Grupo A, os consumidores podem optar por modalidades tarifárias diferenciadas, conhecidas como tarifa verde e tarifa azul. Elas visam ajustar o custo da energia conforme o horário de consumo e a época do ano, permitindo uma maior flexibilidade e economia para os consumidores.
Grupo B
O Grupo B, por sua vez, é formado por consumidores de baixa tensão, ou seja, aqueles que recebem energia em uma tensão inferior a 2,3 kV. Esse grupo inclui residências, pequenos comércios, prédios públicos e consumidores rurais.
Dentro do Grupo B, os consumidores são divididos em subgrupos específicos, conforme o tipo de atividade ou uso da energia:
- Subgrupo B1: Residencial (uso doméstico e residências classificadas como de baixa renda);
- Subgrupo B2: Rural (para propriedades e atividades rurais, como fazendas e agropecuária);
- Subgrupo B3: Demais Classes (consumidores que não se enquadram nos outros);
- Subgrupo B4: Iluminação Pública (destinado à iluminação de vias públicas).
Cada subgrupo dentro do Grupo B possui características específicas de tarifação, que influenciam diretamente o valor pago na conta de luz, de acordo com a finalidade de uso da energia.
Qual grupo pode migrar para o Mercado Livre de Energia?
Com a implementação da portaria 50/2022, os consumidores do Grupo A (alta e média tensão) passaram a ter acesso ao Mercado Livre de Energia a partir de janeiro de 2024. Assim, esses clientes agora podem escolher seu fornecedor de energia elétrica, independentemente do nível de demanda contratado.
Entretanto, para o Grupo B, há uma proposta em discussão para permitir que esses consumidores também ingressem no Mercado Livre de Energia. Se essa proposta for aprovada, a partir de janeiro de 2028, residências e consumidores rurais terão a oportunidade de escolher seu fornecedor de energia. Por outro lado, indústrias e pequenos comércios poderão migrar para o Mercado Livre já no início de 2026.
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